Catedral Metropolitana - Foto: gettyimages
CIUDAD DE MÉXICO
21-09- 2003 — 27-09-2003
Foi difícil garantir a viagem para o Encontro de pesquisadores do CUIB (Centro Universitário de Investigaciones Bibliotecológicas) da Universidad Autónoma do México. A UnB assinou um convênio com a UNAM para a realização de pesquisas conjuntas e troca de professores, correspondendo a cada parte signatária patrocinar as passagens aéreas de seus pesquisadores e oferecer alojamento e diárias para os visitantes.
No ano passado eu deveria ter ido à Cidade do México para proferir uma conferência inaugural de um simpósio sobre a Sociedade da Informação, mas a Universidade de Brasília alegou falta de recursos. O mesmo aconteceu este ano apesar dos argumentos justificando a viagem, além de apresentar o texto da palestra a ser proferida. Outra vez, o motivo da negativa foi a absoluta falta de verbas... Por sorte, a UNAM arcou com todos os gastos.
O itinerário incluía uma escala no aeroporto de Guarulhos mas o voo de Brasília, da VARIG, chegou atrasado e perdi a conexão com a empresa AEROMEXICO. A Varig, que anda quebrada, parece ter adorado o inconveniente e levou-me para um grande hotel em Guarulhos — o Mercure — e só foi possível viajar na manhã do dia seguinte.
São mais de 8 horas de voo.
Hospedei-me no mesmo 3 estrelas de sempre — o Roosevelt, na avenida Insurgentes Sur, sem muito conforto mas bastante bem localizado. Como era dia livre — segunda-feira, 22 de agosto— aproveitei para ir a Zócalo, visitar a gigantesca Catedral Zócalo e para dar uma olhada nas lojas e nas livrarias.
Havia poucos convidados estrangeiros — da Espanha e da Argentina, ao contrário dos anos anteriores, quando contavam com o apoio da regional da UNESCO.
A representante da Argentina — Susana Romanos de Tiratel, é uma colega frequente em outros eventos regionais.
Além da apresentação do texto, com o apoio do power-point, que teve uma ótica recepção, também fui convidado por minha amiga Margarita Almada de Ascencio para duas sessões de um grupo fechado de discussão da questão da interdisciplinariedade /interdisciplinariedade, com especialistas de diferentes áreas do conhecimento.
Fui convidado também para elegantes e excelentes almoços, em restaurantes de renome, pelos amigos Adolfo Rodrigues e Margarita Almada de Ascencio. Momentos muito agradáveis.
Não houve tempo para visitas a lugares turísticos. Na sexta-feira, no entanto, voltei aos viveiros de Coyoacan em busca de cactus e suculentas. Não havia muita coisa ou, melhor, não encontrei minhas novidades almejadas... Exceção de alguns exemplares, a preços elevados, de poucas plantas de real interesse. Mas consegui duas mudas de Henequen — o Agave fourcroydes, uma planta do jardim do meu amigo Adolfo Rodriguez.
O ponto alto da viagem — além da conferência no CUIB — foi o encontro com o poeta José Angel Leyva (Alvarado), um dos editores da prestigiosa revista de poesia ALFORJA.
Convidou-me para um almoço no restaurante El Sheik, de excelente comida árabe, no bairro de Coyoacan. Veio com duas colaboradoras, responsáveis pela editoração da revista.
Levei 7 dos meus últimos livros para a ocasião: a 10ª. edição de Tu país está feliz; Horizonte Cerrado; Brasil-Brasis; Canto Brasília; Manucho e o Labirinto, além das duas obras que acabam de sair dagráfica: Perversos e A Senhora Diretora e outros contos.
Ficaram bem impressionados com a qualidade gráfica das edições e o Leyva já conhecia o Grupo Rajatabla, que já andou pelo México, em várias oportunidades.
Depois saimos a andar pelo parque de Coyoacán, conversando sobre poesia e literatura. Iniciamos uma entrevista sobre as minhas atividades e concepções poéticas para uma série eu ele vem editando — a VERSO CONVERSO, em que poetas entrevistam os mais importantes poetas ibero-americanos. Vamos continuar o diálogo pela Internet.
Também conversamos sobre a possibilidade da editora Thesaurus publicar uma antologia de poesia mexicana contemporânea.
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